São Paulo volta a receber arranhas-céus

A maior capital da América Latina ficou 4 décadas sem a construção de prédios com mais de 100 metros de altura.

Com o histórico de grandes tragédias em edifícios, a capital do Estado de São Paulo ficou profundamente marcada quando o assunto é sobre empreendimentos de grande porte. Entre os acidentes, temos os incêndios nos edifícios Andraus em 1972 e Joelma, dois anos depois.

Esses eventos inibiram a construção de edifícios altos, com mais de 100 metros ou 30 pavimentos em São Paulo por quase 4 décadas. Mas com a urbanização desenfreada e a escassez de terrenos, aliada a necessidade de novos empreendimentos na capital paulistana, o território voltou ao radar de projetos de grandes arranha-céus

Em 2019, vários planos para grandes construções foram reativados, principalmente nos bairros das regiões Sul e Leste da cidade. Agora em 2020 a expectativa é que outros projetos de grande porte ganhem estímulo e saiam do papel.

Segundo dados do Secovi-SP, no ano passado, 36 mil unidades habitacionais começaram a ser construídas na capital, sendo o maior número desde 2004. Um detalhe que impressiona: a maior parte das edificações terá mais de 100 metros de altura após concluídas, entre elas, temos o Figueira Altos, com 170 metros de altura e 52 pavimentos a ser entregue em 2021.

Quando finalizado, o Figueira Altos se tornará o edifício residencial mais alto da cidade de São Paulo, sendo equivalente ao centro comercial Palácio W. Zarzur, conhecido como Mirante do Vale.

Infelizmente ainda são necessárias legislações urbanísticas que se adaptem às tendências de crescimento vertical na cidade de São Paulo, baseadas em critérios técnicos bem fundamentados.

Edifício Figueira Altos do Tatuapé

Região nos entornos da Radial Leste concentrará novos edifícios

Enquanto o município de São Paulo não se adapta aos anseios do mercado imobiliário e as demandas empresariais visando o crescimento da cidade, haja visto que a capital possui recursos financeiros, técnicos e empresariais para suprir esta demanda, as construtoras têm recorrido a projetos antigos já aprovados na prefeitura paulistana.

Como exemplo, o próprio Figueira Altos é um projeto de 2013, aprovado antes da efetivação do plano-diretor da capital (em 2014), o que possibilitou sua construção.

Outro empreendimento, desta vez para superar o Mirante do Vale como maior edifício comercial de São Paulo, o Platina 220 está localizado em uma área especial da capital, o Eixo-Platina, uma faixa paralela à Radial Leste, onde são autorizadas as construções de edifícios de grande porte. Este empreendimento contará com 46 andares e mais de 170 metros de altura, abrigando salas corporativas, hotel, cinemas e teatro, com previsão para ser entregue em 2022 ao custo de quase 2 bilhões de reais.

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